Apesar de terem o mesmo nome e alguma semelhança no modo de preparo, cuscuz nordestino, cuscuz paulista e cuscuz de tapioca são pratos bem diferentes. Cheia de afeto e de memórias, a tradicional receita surgida há muitos séculos no noroeste africano conquistou o paladar do brasileiro, ganhando diferentes versões. Vamos conhecê-las?
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A primeira referência ao cuscuz vem de um livro de receitas do século XIII, mas sua origem é muito mais antiga – estima-se que exista mesmo antes da Era Cristã. Sua criação é atribuída aos berberes do Magrebe, região do noroeste africano que engloba o Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia, Saara Ocidental e Mauritânia, e foi com a chegada desses povos à Europa que a receita ganhou o mundo e diferentes adaptações.
O que hoje chamamos de cuscuz (ou couscous) marroquino pode ser considerado o “pai” de todos. Feito com sêmola de trigo, ele precisa ser hidratado com água quente (ou algum tipo de caldo) e colocado para descansar por uns cinco minutinhos. Depois disso é só soltar com um garfo e usá-lo da forma que a imaginação permitir. Ele pode ser temperado a gosto, misturado a legumes, castanhas, grão de bico e muito mais. Serve de acompanhamento para carnes e até mesmo prato principal.
Uma versão nacional da iguaria – ainda pouco difundida no país – é feita com a farinha de Uarini, um produto da mandioca fabricado no interior do Amazonas, mais especificamente no município de Uarini (cerca de 500 km de Manaus), e que também é chamado de farinha bolinha ou ovinha, já que lembra ovas de peixe. O preparo do cuscuz amazônico é parecido com o marroquino, mas sua receita privilegia ingredientes da região. A farinha pode ser hidratada com tucupi, por exemplo, e ele pode ser servido com peixes típicos, como o pirarucu.
Há quem diga que, no Brasil, cuscuz “de verdade” é o nordestino. Nesta amada receita, a farinha flocada de milho, misturada a uma pitada de sal, é hidratada com água. Após alguns minutos, a massa deve ser levada à cuscuzeira – um utensílio dividido em duas partes, sendo que na de baixo é colocada água, que vai ferver e cozinhar à vapor o alimento na parte de cima. Logo você vai o cheirinho delicioso do cuscuz ficando pronto.
Ele deve ficar bem fofinho. Servido quente, apenas com uma manteiga por cima, já fica irresistível, mas é comum ser acompanhado com queijo coalho e carne seca no Nordeste. Há também sua versão doce, em que açúcar e coco ralado são misturados aos flocos de milho, que podem hidratados com leite ou leite de coco. Depois de pronto, também é possível regar o cuscuz com leite ou leite de coco e polvilhar ainda mais coco.
Cuscuz nordestino fica uma delícia só com manteiga, mas pode ser servido com queijo coalho e carne seca, por exemplo
Falando em doce, você já provou o cuscuz de tapioca? É mais presente na culinária baiana e recebe outros nomes, como cuscuz branco ou pudim de tapioca. É daquele tipo de receita que “todo mundo pode fazer”. A tapioca granulada deve ser hidratada por cerca de meia hora com uma mistura de leite quente, coco ralado e açúcar, mexendo delicadamente algumas vezes para que o líquido seja absorvido por igual. Aí é só deixar esfriar, colocar numa travessa ou forma de pudim e levar à geladeira. Na hora de servir, os pedaços podem ser cobertos com coco ralado, de preferência fresco, e leite condensado, se gostar de uma sobremesa mais docinha.
Comum na culinária baiana, o cuscuz de tapioca também é conhecido como cuscuz branco ou pudim de tapioca
Talvez a versão mais polêmica de cuscuz no Brasil seja o paulista. Há quem ame, mas também quem torça o nariz para ele. A receita é bastante tradicional, conhecida desde o século XVIII, quando era preparada por mulheres escravizadas utilizando o bagre, um peixe abundante na época na região do Vale do Parnaíba.
É feito com farinha de milho do tipo flocão (e uma pequena parte de farinha mandioca para “dar liga”), que é acrescentada e cozida em panela junto a uma base feita com molho de tomate e ingredientes como pimentão, ervilha, milho, palmito, ovos cozidos picados, além de algum tipo de carne, que pode ir da sardinha ao camarão, passando ainda pelo frango. A mistura é levada a uma forma, normalmente com furo no meio, e no fundo é comum colocar fatias de ovos cozidos, azeitonas e a proteína utilizada na receita para decoração.
Cuscuz paulista é conhecido desde o século XVIII
Temos cuscuz para todos os gostos no Brasil, uma receita cheia de afeto, que resgata tradições e memórias.
A união do feijão com farinha de mandioca e toucinho criou um dos pratos mais conhecidos da culinária brasileira. Feita com alimentos secos e duráveis, a receita vem do período colonial, quando os tropeiros viajavam longas distâncias pelo país transportando mercadorias no lombo de mulas.
Não é à toa que temos uma variedade tão grande de pastas. Isso não é apenas uma questão de preferência e as nonnas italianas sabem bem! Longas ou curtas, finas ou largas, cada massa pede um tipo de molho específico. Ensinamos a você como fazer as melhores combinações.
Umas das maiores influências da gastronomia do Pantanal vem da alimentação das comitivas pantaneiras, responsáveis por guiar os gados para áreas mais altas no período de cheias. Cercada por rios, a região também tem forte presença de peixes de água doce na culinária, além de carnes de caça e frutas típicas.
Todo folião experiente sabe: para aguentar os quatros dias de folia – mais as festas do pré e pós-Carnaval – não se pode descuidar da ingestão de líquido e de uma boa alimentação. Por isso, fizemos uma lista de restaurantes para quem vai acompanhar os desfiles nos sambódromos de São Paulo e Rio de Janeiro ou curtir os blocos pelas ruas das cidades.
É mandioquinha ou batata-baroa? Pão francês ou pão de sal? Geladinho, sacolé ou chup-chup? Um mesmo alimento pode receber nomes bem diferentes no Brasil a depender da região em que é consumido. Que nome você dá a eles?
Com influências indígenas, portuguesas e africanas, a moqueca é um dos pratos mais conhecidos do Brasil. O saboroso ensopado, geralmente à base de peixe ou frutos do mar, pode ser preparado à moda baiana, capixaba ou paraense, desde que seja na panela de barro! Qual é sua versão favorita?
Você pode não saber quem foi Oswaldo Euclides de Sousa Aranha, mas é possível que já tenha comido o PF que ganhou o nome deste político gaúcho. Além do “Filé à Oswaldo Aranha”, outros pratos brasileiros receberam o nome de personagens reais que criaram ou inspiraram as receitas famosas.
Cozida, frita, em forma de purê ou farinha, a mandioca está presente no dia a dia da mesa do brasileiro, indo do café da manhã ao jantar. Você conhece a história desse tubérculo cultivado há milhares de anos na América do Sul e considerado o alimento do século 21 pela ONU?
Será que existe um tipo de panela adequado para o preparo de cada alimento? Ah, existe, sim! A matéria-prima da panela pode influenciar no tempo de cozimento, no sabor do prato e até na saúde de quem consome a comida preparada.
Não adianta procurar. Você não vai conseguir comprar um pão francês na França e também não encontrará nenhum beirute no Líbano, ou palha italiana na Itália. Isso porque esses e outros alimentos com jeitão estrangeiro foram criados aqui mesmo no Brasil.
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