Com influências indígenas, portuguesas e africanas, a moqueca é um dos pratos mais conhecidos do Brasil. O saboroso ensopado, geralmente à base de peixe ou frutos do mar, pode ser preparado à moda baiana, capixaba ou paraense, desde que seja na panela de barro! Qual é sua versão favorita?
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A receita é popular Brasil afora. A moqueca é um ensopado, geralmente preparado com pescados mais carnudos, como cação, robalo e badejo, ou frutos do mar, especialmente o camarão. Cebola, tomate, pimentão e, claro, aquele tempero caprichado não podem faltar! E para acompanhar, pirão feito com o caldo do peixe engrossado com farinha de mandioca, arroz, e uma farofinha para completar.
Apreciada em todas as regiões do país, a moqueca é um dos pratos que mais representam as raízes de nossa cultura e a formação de povo brasileiro, já que reúne influências indígenas, portuguesas e africanas.
Uma das hipóteses para seu surgimento vem da “pokeka”, preparo indígena em que os peixes, antes de serem assados nos primitivos fornos chamados de “moquém”, eram enrolados em folhas de palmeira ou bananeira. Essa técnica fazia com que a carne cozinhasse no seu próprio suco, sem acréscimo de água ou outro líquido.
Os portugueses chegaram ao Brasil e trouxeram sua tradição culinária dos cozidos com legumes. Com o tempo, os peixes tropicais foram inseridos na elaboração desses pratos, criando a base para nossa querida iguaria. Mas dizem que a moqueca só virou moqueca mesmo quando os africanos escravizados acrescentaram ao prato o azeite de dendê. Pelo menos essa é a interpretação baiana da história... Sim, a potente receita da Bahia é caracterizada pelo uso do azeite do dendê, do leite de coco, da pimenta malagueta e coentro, bastante coentro.
Moqueca baiana é caracterizada pelo uso do azeite de dendê e leite de coco
Sua principal concorrente é a moqueca capixaba, uma verdadeira instituição da gastronomia do Espírito Santo. Sem exageros, o prato está presente em praticamente todos os restaurantes do litoral do estado e tem até um dia para chamar de seu. A data escolhida para a celebração foi 30 de setembro, aniversário do jornalista Cacau Monjardim (1929-2022), autor da famosa citação que acirrou ainda mais a disputa entre as receitas: “moqueca é capixaba, o resto é peixada”. Mais suave, a versão capixaba não leva dendê nem leite de coco. Nela, os ingredientes que ganham destaque são azeite de oliva e urucum, cujas sementes secas e trituradas dão origem ao tempero que conhecemos como colorau.
Moqueca capixaba valoriza o Ofício das Paneleiras de Goiabeiras
Menos popular que as moquecas baiana e capixaba, a variante paraense do prato surpreende com sabores típicos do Norte do Brasil. Em seu preparo, são utilizados peixes amazônicos, além de tucupi e goma de mandioca, podendo ainda levar jambu, aquela planta que deixa a boca com uma sensação de dormência.
Há ainda releituras vegetarianas e veganas de moquecas. A banana-da-terra, o palmito pupunha e até o caju são ingredientes comumente usados na substituição da proteína animal do prato.
Mas o que todas as receitas de moqueca pedem, não importa a versão ou origem, é o preparo em panela de barro. Ela é responsável pelo cozimento mais lento e uniforme dos pescados e frutos do mar e pela junção dos temperos e aromas, fazendo o papel daquelas folhas de bananeira e palmeira utilizadas pelos indígenas. Além de deixar o prato com sabor único e intenso, o utensílio também é capaz de mantê-lo fumegante por mais tempo, indo do fogo à mesa, com muito charme.
Nesse quesito, o Espírito Santo é o que tem mais tradição. O Ofício das Paneleiras de Goiabeiras, bairro de Vitória, foi registrado há mais de 20 anos como um bem cultural pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). As artesãs fabricam as panelas com argila da região, que são modeladas à mão e queimadas a céu aberto.
Além de um prato cheio de sabor, a moqueca autentica do Brasil é também um prato cheio de histórias!
A união do feijão com farinha de mandioca e toucinho criou um dos pratos mais conhecidos da culinária brasileira. Feita com alimentos secos e duráveis, a receita vem do período colonial, quando os tropeiros viajavam longas distâncias pelo país transportando mercadorias no lombo de mulas.
Não é à toa que temos uma variedade tão grande de pastas. Isso não é apenas uma questão de preferência e as nonnas italianas sabem bem! Longas ou curtas, finas ou largas, cada massa pede um tipo de molho específico. Ensinamos a você como fazer as melhores combinações.
Umas das maiores influências da gastronomia do Pantanal vem da alimentação das comitivas pantaneiras, responsáveis por guiar os gados para áreas mais altas no período de cheias. Cercada por rios, a região também tem forte presença de peixes de água doce na culinária, além de carnes de caça e frutas típicas.
Todo folião experiente sabe: para aguentar os quatros dias de folia – mais as festas do pré e pós-Carnaval – não se pode descuidar da ingestão de líquido e de uma boa alimentação. Por isso, fizemos uma lista de restaurantes para quem vai acompanhar os desfiles nos sambódromos de São Paulo e Rio de Janeiro ou curtir os blocos pelas ruas das cidades.
É mandioquinha ou batata-baroa? Pão francês ou pão de sal? Geladinho, sacolé ou chup-chup? Um mesmo alimento pode receber nomes bem diferentes no Brasil a depender da região em que é consumido. Que nome você dá a eles?
Apesar de terem o mesmo nome e alguma semelhança no modo de preparo, cuscuz nordestino, cuscuz paulista e cuscuz de tapioca são pratos bem diferentes. Cheia de afeto e de memórias, a tradicional receita surgida há muitos séculos no noroeste africano conquistou o paladar do brasileiro, ganhando diferentes versões. Vamos conhecê-las?
Você pode não saber quem foi Oswaldo Euclides de Sousa Aranha, mas é possível que já tenha comido o PF que ganhou o nome deste político gaúcho. Além do “Filé à Oswaldo Aranha”, outros pratos brasileiros receberam o nome de personagens reais que criaram ou inspiraram as receitas famosas.
Cozida, frita, em forma de purê ou farinha, a mandioca está presente no dia a dia da mesa do brasileiro, indo do café da manhã ao jantar. Você conhece a história desse tubérculo cultivado há milhares de anos na América do Sul e considerado o alimento do século 21 pela ONU?
Será que existe um tipo de panela adequado para o preparo de cada alimento? Ah, existe, sim! A matéria-prima da panela pode influenciar no tempo de cozimento, no sabor do prato e até na saúde de quem consome a comida preparada.
Não adianta procurar. Você não vai conseguir comprar um pão francês na França e também não encontrará nenhum beirute no Líbano, ou palha italiana na Itália. Isso porque esses e outros alimentos com jeitão estrangeiro foram criados aqui mesmo no Brasil.
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O baião de dois nasceu no sertão do Ceará, numa época e região em que a comida era escassa e não podia ser desperdiçada. O prato robusto, que parte do casamento do feijão de corda com arroz e pode levar diversos outros ingredientes, é um dos mais populares e apreciados do Nordeste.
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